O montado de sobro e de azinho constitui o sistema florestal dominante em Portugal. Apesar da sua vasta expressão e do seu estatuto de protecção, estes sistemas encontram-se ameaçados, devido não só a alterações climáticas e problemas sanitários mas também, e principalmente, a más práticas de gestão. No decurso da actividade agrícola ou florestal, mesmo quando isso não se torna perceptível a curto prazo, existem impactos na conservação da natureza – uns negativos, outros positivos. É nosso dever actuar para que o balanço penda para estes, abolindo as más práticas, optando por uma gestão sustentável dos recursos e por uma postura activa na conservação da natureza e da biodiversidade.
Eis o contexto para a acção na Herdade Monte das Faias, que incidirá nos bons exemplos de gestão do montado, assentes em três temáticas: a regeneração natural da mata (identificação de árvores jovens, sinalização e protecção; reconhecimento das classes de idade no montado); a conservação do solo, da água e do sistema radicular dos sobreiros (controlar matos sem revirar o solo; protecção do solo na área da projecção da copa do sobreiro); e a promoção da biodiversidade (aproveitamento de materiais existentes para a construção de refúgios e esconderijos da fauna selvagem; sinalização com vista à preservação de sebes/arbustos naturais para abrigo e nidificação; construção de pontos de água).
A acção decorreu com a presença de alunos do Agrupamento de Escolas de Grândola e a colaboração de elementos do Departamento de Conservação da Natureza e das Florestas do Alentejo (Parque Natural do Vale do Guadiana) do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
O dia terminou com um almoço servido em pleno campo a todos os participantes, elaborado pela Santa Casa da Misericórdia de Grândola.
O dia em imagens:
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