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domingo, 26 de junho de 2011

Celebração da Confirmação em Grândola

A igreja matriz de Grândola foi hoje palco da consagração do sacramento da Confirmação a um grupo de 45 paroquianos de Grândola, Lousal, Azinheira de Barros, Alcácer do Sal e Torrão.

O sacramento da Confirmação é administrado nos nossos dias ainda um pouco como no tempo dos apóstolos. O bispo - ou o seu representante autorizado - estende as mãos sobre o confirmando e invoca para ele o dom do Espírito Santo. Depois impõe a cada um as mãos, chama-o pelo seu nome e diz: "Recebe por este sinal o dom do Espírito Santo." Ao mesmo tempo unge a fronte do confirmando com o santo crisma, marcando-o assim com o sinal do Espírito Santo, a fim de que se conheça a quem pertence, do mesmo modo como se conheciam os escravos com a marca do seu amo. Os confirmandos renovam as suas promessas baptismais e recitam a profissão de fé da Igreja.
Na Igreja ocidental, a Confirmação é administrada aos jovens como "sacramento da maturidade cristã", dado que, ao serem baptizados em crianças, foram os pais e padrinhos que pronunciaram a profissão de fé. Agora que começam a viver e a agir de forma independente, pronunciam eles próprios o seu "sim" à comunidade de fé que os integrou pelo Baptismo.
  • Dizem sim a Cristo e proclamam a sua disponibilidade para com Ele, assim como a vontade de não negar a sua fé.
  • Declaram o seu consentimento para se comprometerem em favor da Igreja e para ajudarem os seus irmãos e irmãs.
Tal como o Baptismo, a Confirmação imprime também à alma um carácter espiritual, um selo indelével; é por isso que não podemos receber este sacramento mais do que uma vez. O dom do Espírito Santo torna aquele que o recebe capaz de converter-se em "sal da terra e luz do mundo" (Mt 5,13-14), de testemunhar Jesus Cristo, através da sua vida e dos seus actos, de tal modo que todos pensem: é um cristão que fala e age como tal.

Cremos no Espírito Santo
que nos capacita
a viver sem violência,
a ir junto dos pobres,
a comprometer-nos com os fracos,
a servir a Deus.
Cremos no Espírito de Jesus Cristo
que nos impulsiona a viver como irmãos,
a mudar os nossos hábitos,
a reparar os prejuízos
e a criar a esperança até
que todos compreendam
que somos filhos e filhas de Deus.

Á celebração seguiu-se um almoço partilhado no salão paroquial.

Fotos de José Cardoso
Fotos de Cláudio Tomé
Fotos de Cláudio Tomé

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Primeira Comunhão em Grândola

Em Eucaristia celebrada pelas 16:00 horas, na igreja matriz de Grândola, no dia 23 de Junho de 2011, dia do Corpo de Deus, mais um grupo de paroquianos realizou a sua Primeira Comunhão.

A primeira comunhão é uma celebração, cerimónia de algumas denominações cristãs, nomeadamente da Igreja Católica Apostólica Romana, em que os cristãos participantes desta cerimónia recebem pela primeira vez o "Corpo e Sangue de sob a forma de pão e vinho", respectivamente (hóstia). Esta celebração também se chama de "Primeira Eucaristia" visto que os participantes recebem pela primeira vez o sacramento de Eucaristia. Após esta cerimónia, eles passam a poderem receber a Eucaristia, uma das celebrações centrais da Igreja Cristã.

Fotos de Paula Costa

domingo, 19 de junho de 2011

Festival Terras Sem Sombra - O montado de sobro, um sistema agro-florestal

Integrado no Festival Terras Sem Sombra, a organização tem promovido, nos dias seguintes aos concertos, acções de promoção da colaboração na recuperação da natureza.

Na manhã do dia 19 de Junho de 2011, realizou-se uma acção de salvaguarda das matas de sobreiros na Herdade das Barradas da Serra, Grândola, organizada pela equipa do Festival Terras Sem Sombra.

A iniciativa, desenvolvida com o apoio do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, além do município e da paróquia de Grândola, teve como convidados Irene Lima e Armando Sevinate Pinto, assessor da Presidência da República para o mundo rural e também presidente do conselho de curadores do Festival.

A ação de defesa do ambiente conta ainda com a colaboração do World Wild Fund, Instituto Superior de Agronomia, Faculdade de Ciências de Lisboa, Confederação dos Agricultores de Portugal, Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado, Associação Portuguesa da Cortiça e Corticeira Amorim.

A acção contou com a presença de crianças de algumas escolas do concelho, que ouviram os ensinamentos dos técnicos ambientais presentes, bem como algumas palavras do assessor da Presidência da República, Armando Sevinate Pinto.

O primeiro ninho de tubo de cortiça a ser colocado foi benzido pelo Pároco da Paróquia de Grândola, Pe. Manuel António do Rosário.

sábado, 18 de junho de 2011

Festival Terras Sem Sombra - Concerto V - Leste/Oeste

A igreja matriz de Grândola foi palco, pelas 21:30 horas do dia 18 de Junho de 2011, do Concerto V, Leste/Oeste do Festival Terras sem Sombra.

Com a lotação do templo totalmente esgotada, Irene Lima no violoncelo e Pedro Santos no acordeão, apresentaram-nos:
  • Sofia Gubaidulina - N.º 2: Mulher eis o Teu filho, para violoncelo e acordeão, de As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz
  • Johann Sebastian Bach - Suite nº 1 em Sol Maior, para violoncelo, BWV 1007
  • Sofia Gubaidulina - Em Cruz, para violoncelo e acordeão
  • Sofia Gubaidulina - N.º 5: Tenho sede, para violoncelo e acordeão, de As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz
  • Johann Sebastian Bach - Suite nº 2 em Ré Menor, para violoncelo, BWV 1008







sábado, 4 de junho de 2011

Festas de Nossa Senhora da Penha em 2011

As Festas de Nossa Senhora da Penha em 2011 encerraram hoje com mais um grande espectáculo musical!

Nada mais nada menos do que a Cantata a Nossa Senhora da Conceição, com letra da Dra. Fernanda Seno Cardeira Alves Valente e música do Maestro Dr. António Cartageno, composta para as celebrações dos 350 anos da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal (1646 -1996).

FICHA TÉCNICA:

TÍTULO - Nossa Senhora da Conceição Padroeira de Portugal - Cantata para solistas, coro e orquestra

MÚSICA - Maestro Dr. António Cartageno

LETRA - Dra. Fernanda Seno Cardeira Alves Valente (+ 19.05.96)

COROS
Coral Galpenergia - Maestro: Pedro Ramos
Coral Vozes da Vidigueira - Maestro: Manuel Lula
Coro do Carmo de Beja - Maestro: Pe. António Cartageno
Coro do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, secção de Castro Verde

MAESTRO - Jaime Branco

SOLISTAS - Ângela Silva e Daniel Paixão

ORQUESTRA
Associação "Quarteto Barroco Litoral"
Eborae Mvsica, Conservatório Regional de Évora (cordas): Maestro Luís Rufo
Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense (sopros e percussão): Maestro Rui Silva

DIRECÇÃO - Maestro Dr. António Cartageno

REALIZAÇÃO - Comissão de Festas Nossa Senhora da Penha (Paróquia) e Câmara Municipal de Grândola

APRESENTAÇÕES ANTERIORES DA CANTATA
Vila Viçosa (estreia em 09 de Junho de 1996);
Beja;
Évora (2 vezes);
Faro

INTRODUÇÃO

Depois de ter lido o texto de Fernanda Seno, a pouco e pouco começou a ser claro no meu espírito que ele podia ser dividido em quatro partes distintas mas complementares. Esta divisão, que acabou por prevalecer, é da minha inteira responsabilidade e determinou a concepção da obra musical.

PÓRTICO - É como que o pano de fundo, a apresentação do ambiente em que se desenvolve toda a temática proposta: foi depois de Portugal ter reconquistado a sua independência e liberdade que o Rei D. João IV "proclamou a Imaculada venerável Padroeira desta Pátria restaurada". A música procura sublinhar precisamente essa ideia duma Pátria livre que, pelo seu Rei, escolheu a Imaculada Conceição como Padroeira.

I PARTE - Este gesto do Rei é como que prolongado no tempo: a provisão régia em que D. João IV "tomou por Padroeira dos seus Reinos e Senhorios a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição", comprometeu também os seus descendentes a prestar vassalagem Áquela que, desde então, passou a ser Rainha de Portugal. Esta parte, muito breve, termina com o Coro que, em polifonia contrapontística, saúda a Senhora em nome de Portugal: "Ave, Maria!"

II PARTE - Esta é a parte central da Cantata. Uma pergunta: "Quem é esta aos pés de quem se ajoelham soberanos?" constitui o fio condutor. escrito em forma de "fuga" é repetido várias vezes, ora num tom ora noutro, ora em maior ora em menor, ora todo ora em parte. A cada pergunta que se vai sucedendo há sempre uma resposta nova, onde se vai fazendo o elogio de Maria:
  • Maria a anunciada pelos Profetas,
  • Maria a escolhida para Mãe do Salvador,
  • Maria na tradição e na história de Portugal, desde os primórdios da nacionalidade até Fátima,
  • Maria Mãe de Deus e Mãe da Humanidade...
Esta segunda parte termina como a primeira, retomando a mesma saudação festiva: "Ave, Maria!"

III PARTE - Imaginei a parte final muito serena e contemplativa. Já que literalmente se retomam as palavras iniciais, procedi analogamente com a música. Mais adiante, vem uma referência ao Alentejo ("Olha o Alentejo, vê-se peregrina..."), que me sugeriu um breve trecho inspirado no estilo musical dos cantos melismáticos e lentos da vasta planície. Então, chegado aqui, não resisti a incluir na Cantata uma melodia alentejana escrita pelo saudoso Pe. António Marvão e com a colaboração textual do Pe. António Aparício, precisamente dedicada a Nossa Senhora da Conceição, à qual dei um tratamento polifónico. Parecia-me legítimo fazê-lo: não incluiu J. S. Bach nas suas cantatas tantos corais populares? E depois, não estamos nós no Alentejo?
Ao contrário do que é habitual, a Cantata não termina num "forte" apoteótico. Eu imaginei que "o coro sagrado da eterna harmonia" devia louvar a Virgem duma forma singela e quase discreta. Como quem contempla a Imaculada e levanta humildemente as mãos para murmurar uma oração.
É este, afinal, o objectivo da Cantata: celebrar um significativo acontecimento da nossa História Pátria, louvar e exaltar Maria, como o souberam fazer os nossos antepassados, contribuir pastoralmente para que a devoção mariana se afervire nos cristãos do Alentejo e de Portugal, numa palavra: rezar Maria. Deus permita que este trabalho contribua para tal.
Louvada seja a Virgem Senhora da Conceição!
Pe. António Cartageno

O serão iniciou-se com algumas palavras do Pe. Manuel António, Pároco de Grândola:

a) Ex.mo e Rev.mo Senhor D. António Vitalino, Bispo de Beja;
b) Ex.mo e Rev.mo Senhor D. José Alves, Arcebispo de Évora;
c) Ex.mo Senhor Vice-Presidente do Município de Grândola, Eng. Aníbal Cordeiro, em representação do Senhor Presidente, Dr. Carlos Beato;
d) Ex.ma Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Grândola;
e) Ex.ma Senhora Presidente da Assembleia de Freguesia de Grândola;
f) Ex.mo Senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Grândola;
g) Estimado Maestro Pe. António Cartageno, meu grande amigo;
h) Caríssimos Maestros, Cantores e Músicos: do Coral Galpenergia, do Coro do Carmo, de Beja, do Coral Vozes da Vidigueira, do Coro do Conservatório Regional do Baixo Alentejo, Secção de Castro Verde, do Quarteto Barroco Litoral, da SMFOG, Música Velha, de Grândola, do Conservatório Regional de Évora, Eborae Musica Muito obrigado pela vossa presença e participação nesta Cantata;
i) Ex.ma Senhora Prof. Helena Zuber, Directora do Eborae Musica, Conservatório Regional de Évora;
j) Estimados Solistas: Mafalda Vasques, Joana Valente, Sofia Lemos, Daniel Paixão e Jaime Branco, Maestro e também Solista;
l) Reverendos Padres das Dioceses de Beja e Évora aqui presentes;
m) Demais Autoridades;
n) Senhora Presidente da Cáritas Diocesana de Beja;
o) Representantes de Grupos, Instituições e Associações aqui presentes;
p) Minhas senhoras e meus senhores, estimado público.

É para mim motivo de renovada honra e de grande alegria, enquanto Pároco de Grândola, poder dirigir-vos algumas breves mas necessárias palavras, antes de podermos usufruir do privilégio de escutar, contemplar e experimentar música de altíssima qualidade, saída da pena daquele que é justamente considerado um dos maiores compositores de música sacra em Portugal: o Pe. António Cartageno, para quem peço desde já uma grande salva de palmas. O ano passado, por motivos de saúde não foi possível tê-lo connosco, por se encontrar no Hospital de Beja. Pois foi precisamente aí que nasceu o projecto de trazer a Grândola esta obra extraordinária, mas infelizmente já um pouco esquecida: a Cantata a Nossa Senhora da Conceição Padroeira de Portugal. Esperemos que Grândola contribua para a relançar em novas apresentações pelo nosso País.


Não poderia deixar passar esta ocasião sem dirigir, em nome da Paróquia, uma palavra de agradecimento ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Grândola, Dr. Carlos Beato, ausente por se encontrar fora do nosso País. Quero tributar-lhe um público agradecimento pelo seu envolvimento nas Festas da Penha e, especialmente, na Cantata, que, sem o seu empenho, não seria possível ter trazido a Grândola. Neste agradecimento quero também incluir o Sr. Vice-Presidente, que hoje o representa, os Senhores Vereadores, os Técnicos e todos os funcionários do nosso Município que, como não me tenho cansado de referir noutras ocasiões, zelam e se envolvem para que tudo decorra com a máxima dignidade e exemplar qualidade que merecem. Muito obrigado.


O nosso muito obrigado também ao Montepio Geral e ao seu Presidente Dr. Tomás Correia, nosso bom amigo e a quem tanto devemos, e à Fundação Herdade da Comporta, que mais uma vez nos apoia.

Agradeço também aos nossos técnicos de som e luz, da Empresa CFSOM, e aos técnicos da Câmara aqui em serviço, bem como a todos aqueles que nos bastidores não se têm poupado a esforços para que tudo decorra da melhor forma e esta noite possamos usufruir desta Cantata. Muito obrigado.


Minhas Senhoras e meus Senhores:
Termino com as palavras do Cardeal Zenon Grocholewski, Prefeito da Congregação para a Educação Católica e gran-chanceler do Pontifício Instituto de Música Sacra, de Roma, palavras recentemente proferidas: “Muitas coisas belas sobre a música sacra foram escritas por Ratzinger antes de ser Papa. Agora saiu uma opera omnia de Ratzinger, e em Itália saiu um volume justamente sobre a liturgia, com 200 páginas sobre música sacra. São coisas muito belas. Com razão, Bento XVI sublinha que a música sacra tem que nos levar para outro mundo, para uma nostalgia do transcendente. Não é mero som que nos tira da realidade. O Papa afirma que quando se perde esse horizonte transcendente da vida humana, tudo se reduz ao terreno, mesmo a música e a profundidade do pensamento. A música tem que abrir espaço para o transcendente.”
 

É isto que nós vamos aqui experimentar nesta Cantata, saída da inspiração da poetisa Fernanda Seno, e da espiritualidade, harmonia e beleza do Maestro Pe. António Cartageno.
Muito obrigado e boa noite.

Pe. Manuel António Guerreiro do Rosário

Mais palavras seriam insuficientes para descrever o que sentiu o público que encheu o pavilhão do Parque de Feiras e Exposições de Grândola. Ficam as imagens...