Beja, 24 out 2011 (Ecclesia) – O Festival «Terras sem Sombra»
promove um seminário, esta quarta-feira, em Grândola, diocese de Beja,
sobre o futuro da cortiça alentejana.
Esta ação pioneira de sensibilização em torno do montado destina-se
“a promover a salvaguarda de uma realidade abrangente, tanto do ponto de
vista da defesa dos recursos naturais como em termos socioeconómicos” e
une cientistas, produtores e industriais, lê-se num comunicado de
imprensa enviado pela entidade organizadora.
A iniciativa envolve as populações locais, com destaque para as
escolas da região, os artistas, o mundo científico e as diversas
fileiras da atividade corticeira.
Ligar o património, a cultura e especialmente a música à causa da
biodiversidade é o rumo escolhido pela entidade organizadora do
Festival, o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese
de Beja.
O montado é um “ecossistema deveras particular, criado pelo homem há
muitos séculos e constituído por matas de sobreiros e subsiste apenas na
bacia do Mediterrâneo, com destaque para o sul da Península Ibérica.
No caso de Portugal, país com “a maior extensão de sobreiros do mundo
(33% da área mundial), principal exportador de cortiça e líder no
fabrico de rolhas, o montado encontra-se legalmente protegido, sendo
proibido o seu abate e incentivada a sua exploração” – refere o
comunicado.
Prosseguindo a atividade já efetuada no terreno pelo Festival Terras
sem Sombra, a APCOR – Associação Portuguesa da Cortiça - o Município de
Grândola, a Associação de Agricultores de Grândola e o Departamento do
Património da Diocese de Beja promovem o seminário «Valor dos Serviços
Públicos do Montado de Sobro»
LFS
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